Ciro Gomes: "O Mourão está olhando para a cadeira do Bolsonaro com a cobiça que ele não consegue esconder"

Ciro Gomes
Ciro Gomes (Foto: reprodução)

Derrotado nas eleições presidenciais, mas com um número expressivo, Ciro Gomes segue fazendo política. Ciro sempre se destacou por uma linguagem eloquente, por posicionamentos coerentes e por levantar, incisivamente, a bandeira da educação.

Neste sentido, o Pedetista mantém-se atento ao atual cenário político, aliás, a função da oposição não é “torcer contra”, e sim fiscalizar atitudes déspotas e incoerentes do Governo representante.

Em entrevista ao HuffPost Brasil, na última terça-feira (17), o pedetista chamou mais uma vez o PT de “quadrilha”. Disse que a cúpula do partido “apodreceu” e que “nunca mais” se associará ao PT.

Ciro também criticou a oposição ao governo Bolsonaro: “Não existe oposição, o que tem é confusão”.

Neste contexto, quando indagado sobre o futuro econômico do país, Ciro critica decisões de Bolsonaro: “Mas é orgânico ao Bolsonaro, na sua compreensão de vida, essa completa falta de comprometimento com qualquer coisa séria”.


Vice-presidente Hamilton Mourão


“O Mourão está olhando para a cadeira do Bolsonaro com a cobiça que ele não consegue esconder. E está muito bem assessorado – ele nunca foi desse tipo de habilidade. Agora está sempre na boa”.

Todavia, quando questionado sobre quais pontos positivos do governo ele pontuaria, Ciro foi categórico. “Eles transferiram a cabeça dessas facções criminosas para presídios federais. Uma iniciativa importante. Eu vinha reclamando disso há mais de 10 anos. É importante, eu estou atento às coisas. No mais, é um desastre”.

Ciro e o PT

“Não existe mágoa. Um cara como eu, com 40 anos de vida pública, não faz mágoa, faz política. Quando eles fizeram o que fizeram, eles estavam fazendo política. Não tenho queixa. Agora eles aguentem, agora eu estou fazendo política”.

“PT é o mesmo que lá atrás ficou com Eduardo Cunha [ex-presidente da Câmara preso na Operação Lava Jato], com Geddel [Vieira Lima, também preso na Operação Lava Jato], que foi ministro do [ex-presidente] Lula, foi vice-presidente da Caixa Econômica no governo da [ex-presidente] Dilma. Lula entregou Furnas ao Eduardo Cunha, meu irmão enfrentou Eduardo Cunha e a Dilma ficou com Eduardo Cunha”.

O parceiro estratégico de Haddad no Ceará era Eunício Oliveira [ex-presidente do Senado Federal], que fez um milhão de contratos no Ceará sem licitação, dados pelo Lula.

O parceiro deles era Renan Calheiros [senador do MDB de Alagoas]. Eu briguei com ele por causa do impeachment da Dilma. A gente fala para o povo brasileiro que houve um golpe e, de repente, se apresenta na eleição com o cara que era o presidente do Senado e que, teoricamente, fez o golpe.

Eu estou obrigado a isso? Nunca mais. Não tem mágoa nenhuma. Eu avisei: minha candidatura já estava homologada. Eu não ando mais com essa quadrilha. Acabou. Acho que o responsável pela eleição do Bolsonaro chama-se quadrilha e lado bandido do PT. 

Ciro e avaliação da esquerda

Isso é confusão, não é oposição. É confusão, fisiologismo e essa história da manipulação de um sentimento justo, de repulsa do povo às más práticas da política engabelada por uma onda de nova política.

Não existe nova política, o que tem é boa política e política ruim. Aí você elege um bando de louco despreparado porque são notórios, porque cometeram os maiores desatinos durante a campanha.

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