DJ e influencer, Guigo Kieras escreve livro com temática LGBT 

Foi por meio da arte que Guilherme Kieras, mais conhecido como Guigo, encontrou formas de expressar tudo aquilo que a sua mente procurava desbravar. Influenciado pela mãe, que além de professora também era poetisa, ele se inspirou para escrever poemas e peças teatrais logo aos 10 anos de idade. Hoje, sendo DJ, cantor e youtuber, Guigo resolveu contar suas experiências através do livro “Bicha, Para!”.

“Desde que criei o canal ‘Fora da Casinha’ comecei a sentir vontade de escrever um livro que tivesse conexão com o conteúdo que produzi no Youtube, pois é uma forma mais densa e detalhada sobre as temáticas que não seria possível na linguagem audiovisual, quando você escreve sobre suas memórias, experiências de vida”, explica. 

Dono do seu próprio canal, que se tornou popular em 2015 no YouTube, Guigo procurou abordar o seu livro com a mesma pegada, tendo humor e tratando de temas relacionados ao autoconhecimento e aceitação sobre a sexualidade, direcionado principalmente ao público LGBT. 

Na sua obra, o autor trabalha com 10 histórias reais de sua vida, como quando se assumiu gay para os seus pais, sua primeira experiência sexual, primeiro beijo, homofobia, culpa religiosa e a dificuldade de lidar com a diferença na sociedade. De acordo com Guigo, a ideia é trazer a sua arte como uma representação, sendo um misto de alegria e reflexão. 

“Isso inspira pessoas que estão passando ou ainda poderão passar por situações similares, como um sentimento de: ‘hey, não sou só eu que passo por isso, outras pessoas já passaram e superaram’. A vida é isso: a gente ri, chora, contesta, analisa, aprende. Eu produzo uma linguagem descontraída e que pode agregar às pessoas”, conta Guigo. 

Além disso, Guigo revela que já ouviu diversos relatos de seguidores e leitores que se identificaram com as histórias, principalmente pela obra representar situações da vida que trazem leveza e aprendizados. 

“Além de entretenimento, é algo que será útil e pode ajudar as pessoas a serem mais bem resolvidas. E essas pessoas acabam criando mais empatia por aquelas que passam por algo similar e passam a mensagem adiante, com isso criamos aos poucos um mundo mais sensível e gentil para as próximas gerações”, reforça.