Eduardo Bolsonaro usou o Twitter para partilhar um vídeo sobre o Talibã. Na legenda, o filho de Bolsonaro aventou que o discurso contra morte de LGBTs no Brasil contrasta com a realidade cruel de outros países, onde ser homossexual equivale a uma pena de morte.
Espere até ver o que eles fazem com homossexuais. E ainda tem trouxa aqui no Brasil repetindo discursinho fácil da esquerda “ain, Brasil é o país que mais mata gays no mundo”, escreveu ele, que recebeu o aval de seguidores.
O que se diz no Brasil é que, mesmo a homossexualidade não sendo criminalizada e LGBTs tenham seus direitos adquiridos, a violência contra este grupo infelizmente ainda é alarmante, isto é, faz-se necessário que o assunto seja olhado de forma séria e competente.
Quando a Homofobia, que essencialmente é o ódio à pessoas pertencentes à comunidade LGBT, se transforma em ato, ou seja, quando um homofóbico age com palavras, ou fisicamente, contra um sujeito que não se considera heterossexual, simplesmente por não aceitá-lo assim, isso se torna um crime e está previsto no artigo 20 da Lei 7.716/2018 (crime de racismo).
Talibã
Conforme reportamos, o grupo armado Talibã, que se consolidou nos anos 90, ou “estudantes” segundo a tradução da língua pashtun, estabeleceu um regime fundamentalista seguindo a interpretação mais severa da Sharia. Este grupo tomou a capital afegã, Cabul, 20 anos após o grupo extremista ser expulso por tropas dos EUA. Entre os anos de 1996 e 2001 as leis foram aplicadas com severidade.
Um porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, concedeu entrevista coletiva na qual, usando um tom mais acurado, enfatizou que o grupo não quer vingança, mas seguirá os preceitos do Islã, isto é, a religião será o norte e só o futuro dirá como isso se delimitará.
O Islamismo segue a Sharia, que é uma legislação oriunda do corão, na qual, por meio de suas interpretações, preceitua que os valores tradicionais devem ser seguidos à risca. O ‘maior chefe do povo’ é o que eles entendem por divino, o qual determina como o governo e as relações devem suceder. O Afeganistão figura entre países onde ser homossexual é um crime. Lugares nos quais ser LGBT equivale a uma pena de morte – Mauritânia, Emirados Árabes, Paquistão e Afeganistão são exemplos.
Em julho, o BILD conseguiu se encontrar com um juiz talibã na fronteira entre áreas controladas pelo governo afegão e áreas controladas pelo Talibã. Em seu depoimento, ele relata abertamente o que acontece nas regiões do Afeganistão que estão sob controle do Taleban. “Para homossexuais, só pode haver duas punições: ou apedrejamento ou ele deve ficar atrás de um muro que cairá sobre ele. A parede deve ter 2,5 a 3 metros de altura“, diz o juiz Talibã.
Após a retirada completa das tropas internacionais, os islâmicos estão em ascensão e é bem provável que a versão mais radical da sharia seja infelizmente implementada no país.