O ex-servidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Acre, que causou polêmica nas redes sociais esta semana, ao publicar um post considerado homofóbico por conter uma arma semelhante a Lucille, um bastão de beisebol de arame farpado, afirmou que foi vítima da ação de hackers, que seriam os responsáveis pelo post.
“Não fui eu. Alguém usou meu perfil para divulgar aquela palhaçada. Eu não vou postar uma coisa dessas, esse não é meu jeito de agir como pessoa. Não tenho preconceito nenhum contra gênero, religião, contra nada. Usaram minha conta para postar essa brincadeira de muito mau gosto”, disse ele que preferiu não se identificar, em sua defesa ao G1.
Ele afirmou ainda que só percebeu o registro quando recebeu a notificação do Facebook informando do bloqueio. “Recebi uma mensagem à noite quando fui entrar no Facebook dizendo que uma postagem minha tinha sido bloqueada. Nessa hora já suspeitei que alguém tinha me hackeado. Não sei se quem fez isso. Pensou que era uma brincadeira e qe não teria uma repercussão tão grande. Isso foi uma coisa bem grave, essa noite em nem dormi direito”, relatou.
Por causa da repercussão, o homem alega que passou a sofrer muitas ameaças, que se estenderam aos seus familiares. “Foram várias ameaças. As pessoas foram me xingar, me esculachar, me chamaram de homofóbico, sendo que não sou esse tipo de pessoa que tem preconceito. Entendo que as pessoas ficaram revoltadas, mas isso não justifica fazer uma ameaça. Já me chantagearam, pessoas de vários cantos do Brasil”, disse ele que preferiu desativar o seu Facebook por ora.
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O IBGE publicou uma nota repudiando a conduta do ex-servidor que atuou no órgão em regime temporário para as pesquisas do Censo, e que o mesmo já teve o contrato encerrado. Porém, mesmo assim ele conta que foi procurado pelo instituto.
“Não sei porque fizeram isso, eu queria muito saber e estou à disposição para prestar esclarecimentos. O IBGE já entrou em contato comigo e expliquei para eles que não fui. Estou com a consciência tranquila. Estou pensando seriamente em registrar um boletim de ocorrência, isso pode sujar a minha imagem, se já não sujou, não sei”, lamentou ele que atualmente atua como pedreiro.