Professor norte-americano abandona cidade após receber ameaças ao se assumir gay

Professor de artes norte-americano Michael Hill
Professor de artes norte-americano Michael Hill (Foto: Reprodução/Facebook)

O professor de artes norte-americano Michael Hill decidiu abandonar a sua profissão e o estado do Kansas, após receber cartas ameaçadoras pelo fato de ser gay. Os ataques começaram depois que ele assumiu a sua sexualidade abertamente.

De acordo com o jornal “Topeka Capital-Journal”, o docente que dava aulas em uma escola do ensino médio, na cidade de Seneca, contou sobre a sua orientação sexual para a reitoria e aos seus alunos, no “Coming Out Day” (dia de sair do armário) do ano passado. Logo após o feito, ele começou a receber cartas que julgavam gays como pessoas “pervertidas e predadoras”, que não poderiam ser professores.

Temendo pela sua segurança, Hill decidiu se mudar para Palm Springs, que segundo ele, está sendo muito mais acolhedora. As correspondências ameaçadoras diziam ainda que a comunidade da cidade não iria tolerar a sua condição e o autor das ameaças chegou a afirmar que faria justiça com as próprias mãos, caso não abandonasse o local.

Outros episódios assustadores aconteceram durante todo o tempo que sofreu o ataque homofóbico. Em um deles teve os pneus do seu carro furados com a palavra “viado”. Michael contou que chegou a ir para a polícia, que não conseguiu identificar os culpados. Apesar de receber todo o apoio da instituição para qual trabalhava, Darrel Kohlman, superintendente da instituição, se pronunciou afirmando que, como os incidentes ocorreram fora da escola, estavam fora de seu controle.

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Hill tinha se assumido para a familiares meses antes, em julho do ano passado. Porém não teve a mesma aceitação no ambiente escolar, que chegou a expor o professor de maneira anônima na internet ao especular um relacionamento quando uma pessoa o fotografou com um amigo. A partir deste momento Michael passou a sofrer cyberbullying, desencadeando em um ambiente insuportável dentro da sala de aula.

Na época, ele chegou a fazer uma publicação no Facebook, na qual deixou claro que estava incomodado com toda a situação que beirava a falta de respeito. O post conseguiu cerca de 400 comentários de pessoas que ofereceram apoio.

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