Fãs defendem Daniela Mercury por suposta acusação de apropriação cultural

A cantora Daniela Mercury no FIG (Foto: Felipe Souto/FundarPE/ Divulgação)
A cantora Daniela Mercury no FIG (Foto: Felipe Souto/FundarPE/ Divulgação)

Na segunda-feira (4), Daniela Mercury compareceu ao ensaio de pré-Carnaval do Cortejo Afro, em Salvador, na Bahia. Ao chegar, a cantora foi surpreendida por um grupo de fãs que enalteceu a fama de rainha que a artista sustenta.

“Uma, uma, uma, rainha só tem uma”, entoou parte do público. Eles estavam em frente ao palco do Largo Quincas Berro D’água, no Pelorinho. Mesmo sendo uma manifestação favorável, Daniela prosseguiu com o repertório sem fazer comentários. De acordo com o UOL, a ação dos fãs soa como uma resposta a uma declaração da também cantora baiana, Larissa Luz.

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Trata-se de um discurso feito pela cantora durante um show. Na ocasião, ela afirmou haver uma “apropriação cultural da música negra pelos brancos”. “Está na hora de parar de usar um discurso que não é seu para lucrar. Está na hora de parar de usar um lugar de fala que não é seu para ganhar. Porque preto de alma não existe! O Brasil é um país que mata, é um país que humilha, é um país que condena a cor da pele e não a cor da alma! Quem é preto é preto. Quem não é não é”, disse Larissa Luz.

Com a repercussão da fala, alguns entenderam que a indireta era direcionada a Daniela Mercury. Provavelmente, porque a cantora lançou, em novembro de 2018, Pantera Negra Deusa. A letra da música faz referência a Wakanda, retratado no HQ Pantera Negra, da Marvel Comics, como um reino fictício da África.

A música leva um ritmo de samba-reggae e também reverencia o bloco afro Ilê Aiyê, um dos mais tradicionais de Salvador. Em entrevista ao jornal Correio, Larissa Luz negou que suas palavras tinham Daniela Mercury como alvo. Afirmou, no entanto, que foram direcionadas para a “branquitude em geral”.

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