Segundo O RFI, O governo francês vem emitindo ordens de expulsão a vários soropositivos originários da América do Sul que vivem há vários anos na França. Boa parte deles transexuais. Entre as nacionalidades mais visadas estão cidadãos do Brasil, Peru, Argentina e Equador.
“Fiquei sem entender. Como que uma pessoa que mora aqui há quase dez anos pode receber uma carta para deixar o território em 30 dias? Isso desabou o meu mundo!”, conta Mônica, de 40 anos, transexual e trabalhadora do sexo.
A pernambucana de 40 anos chegou à França em 2009. Recebeu um visto temporário de permanência na qualidade de “estrangeiro doente”. Assim, pode receber tratamento gratuito contra o HIV. A doença foi contraída quando Mônica era adolescente. Ela deixou a casa da família no interior do Estado e começou a se prostituir em Recife.
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Ela afirma que no Brasil o sistema de saúde não dá prioridade aos pacientes soropositivos. “Tive que esperar três meses para fazer uma ressonância magnética”, lembra Mônica que também sofre com uma hérnia de disco. No hospital público de Ambroise-Paré, na periferia de Paris, a pernambucana recebe toda a assistência que necessita sem longas esperas, como manda o protocolo com as pessoas com HIV.