Com certeza um dos cantores mais autênticos que o Brasil já teve o prazer de ter. Exagerado, transgressor, doce, feroz, multifacetado. Enfim, o país teve a sorte de ter conhecido um pouco deste cantor, que tinha tanto a dizer. Autenticidade dos pés à cabeça, coisa rara hoje.
Ele faria 61 anos no dia 4 de abril.
Em outubro de 1989, depois de quatro meses a base de um tratamento alternativo em São Paulo, Cazuza partiu novamente para Boston, onde ficou internado até março de 1990 voltando assim para o Rio de Janeiro. No dia 7 de julho de 1990, Cazuza morre aos 32 anos por um Choque séptico causado pela AIDS.
Sempre engajado, confira um fragmento de uma entrevista, 1988. “Às vezes, fico triste, mas não consigo me sentir infeliz. Acho que o tédio é o sentimento mais moderno que existe, que define o nosso tempo. Tento fugir disso, pois tenho uma certa tendência ao tédio”.
“O problema do Brasil é a classe dominante, mais nada. Os políticos são desonestos. A mentalidade do brasileiro é muito individualista: adora levar vantagem em tudo”.
“Educação é a única coisa que poderia mudar este quadro”.
Faço promessas malucas
Tão curtas quanto um sonho bom
Se eu te escondo a verdade, baby
É pra te proteger da solidão Faz parte do meu show
Faz parte do meu show, meu amor
Cazuza…