Diante da repercussão da contratação da jogadora de vôlei trans Tiffany Abreu, na Superliga feminina, como levantadora do time de Bauru – na qual muitos questionam o fato de apesar da identidade de gênero, ela tem uma estrutura biologicamente masculina, e por isso, teria vantagem contra as suas adversárias -, o caso será tema de uma reunião da comissão médica do esporte.
O evento organizado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) acontece na próxima quarta-feira (24), na Suiça, que debaterá a presença de pessoas que passaram pelo processo de redesignação de gênero, e que atuam na modalidade.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o médico brasileiro Bruno Borges, que faz parte da junta, vai sugerir controle mais rígido e diminuição do nível de testosterona no sangue para a liberação das atletas na equipe. “Considero o valor do COI muito elevado, e dois exames em um ano é pouco. Vou pedir algumas mudanças e isso será discutido”, explicou.
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“Mas, ainda que aprovado, não será para agora, pois precisa também passar por aval do conselho de administração da FIVB”, completou.
Em nota, a Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou com a publicará novas diretrizes e ficará a cargo de cada federação como definir suas regras sobre a elegibilidade de atletas transexuais.
Atualmente o COI usa como parâmetro para a presença de mulheres trans em times femininos, o tratamento hormonal iniciado por no mínimo 12 meses antes de integrar a equipe, para justamente diminuir os níveis de testosterona no sangue.