Chemsex: o que é
Apesar dos riscos associados à prática, o chemsex está ganhando popularidade entre a comunidade LGBTQIA+. Também conhecido como sexo químico, o chemsex é a prática de fazer sexo sob efeito de substâncias psicoativas.
O termo chemsex foi criado pelo ativista social australiano David Stuart em meados dos anos 2000. Segundo Stuart, o Reino Unido considera o chemsex um problema de saúde pública, tendo seu maior grupo de risco entre homens que transam com homens.
Boy Lixo atrás das câmeras
Boy Lixo, também conhecido como Boy Lixo Russo, é o nome artístico de Marcelo Russo, um produtor de conteúdo adulto e diretor de pornô gay. Em sua plataforma de vídeos Boy Lixo Russo, ele performa na frente das câmeras.
Para seu próximo projeto, no entanto, Marcelo Russo prepara um alerta para a comunidade gay. Embora seu intento seja de conscientizar sobre a prática do sexo químico, o diretor não quer estigmatizar o chemsex.
“A ideia surgiu de uma entrevista que eu vi num canal de notícias gays. A matéria era tão mal conduzida, e a mensagem se perdia na linguagem que eles usaram. Então pensei: ‘Posso fazer melhor’. E agora estou tirando a ideia do papel”, disse Marcelo ao Guia Gay SP.
Como performer, Marcelo se destacou com uma persona sexual que usa de força. Inclusive, seu nome de guerra, Boy Lixo, flerta com a noção de que ele não é para compromisso. Contudo, o criador de conteúdo +18 está comprometido com a delicadeza que um assunto como o chemsex necessita.
“Quero entender as motivações de cada um por trás do chemsex e como podemos desmistificar a imagem que usuários de drogas recreativas têm na sociedade”, completou.
Sexo, Drogas e o que Sobrou
Para além da pegada viril e do sexo bruto que pratica diante das câmeras, a palavra de ordem de seu doc “Sexo, Drogas e o que Sobrou” é cuidado. O objetivo da produção é educar o público sobre os riscos do universo do sexo químico, mas sem estigmatizar os praticantes.
“Me dediquei ao aprendizado técnico e tenho preocupação em fazer abordagem ética, com responsabilidade e respeito pelas histórias dos entrevistados. Quero provocar diálogos construtuivos sobre sexo, drogas e saúde mental”, finalizou.
Sexo, Drogas e o que Sobrou ainda está em fase de produção, sem data de estreia prevista. Marcelo afirmou querer trabalhar com foco nas histórias reais de quem vive o universo do chemsex.