Bruna Linzmeyer, de 28 anos, se prepara para vivenciar um novo momento emblemático em sua vida. A atriz fará a primeira fase com cenas externas no Rio de Janeiro e em meio à natureza, no Mato Grosso no remake de “Pantanal”, novela originalmente exibida em 1990.
Em entrevista à colunista Patrícia, do Globo, a atriz discorreu um pouco acerca do que espera deste novo trabalho e ainda ressaltou a importância do Orgulho LGBT+. Não comecei ainda a preparação com a equipe da novela. Estou fazendo uma por minha conta há dois meses: construindo a personagem, no momento de perceber o que ela tem de diferente de mim e o que eu preciso trabalhar. Nem sempre é do dia para a noite que alguma coisa se constrói. É um trabalho de formiguinha.
Estou com o Antonio Tigre, que é um professor de ioga que me prepara fisicamente. Leila Mendes é fonoaudióloga e prepara a voz. E tenho feito reuniões com a preparadora de elenco. Trabalhamos corpo e voz, a construção dessa personagem. É muito difícil explicar sem poder dizer o que é (risos).
Em relação à visão de Deus, sobre o divino ser materializado à imagem e semelhança de cada um de nós, Bruna, que compõe o curta “Alfazema”, de Sabrina Fidalgo, ressaltou – Deus é uma mulher negra. E não só! Deus também é sapatão, travesti, é uma senhora idosa… Quando a gente pensa na amplitude do que Deus significa na vida das pessoas, de acordo com a religião em que eu cresci, que é católica, Deus acolhe todo mundo. São muitas facetas. Acho poderoso quando a diretora as coloca na cena. Ela joga com estes signos: Deus, Diabo, Anjo, sexualidade, gêneros… Ela é inteligente neste sentido. O deslocamento faz a gente se identificar com alguma facilidade. No enredo, Elisa Lucinda encarna a figura de Deus.