Em dezembro de 2017, Adrieli e Anelise Nunes Schons casaram-se no civil, em Florianópolis (SC). Em junho de 2018, o casal lésbico recebeu uma surpresa que jamais esperaram. O promotor Henrique Limongi, da 13ª Promotoria da Comarca de Florianópolis, pediu à Justiça para anular a cerimônia.
De acordo com a BBC, as palavras do promotor foram: “a Constituição Federal é de solar clareza”. Ele se referia ao entendimento de que casamento, no Brasil, só pode ocorrer entre um homem e uma mulher. Escrito em 1988, o parágrafo 3º do artigo 226 da Carta Magna diz: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.”
No entanto, não é bem assim que a prática funciona. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que casais homoafetivos tinham os mesmos direitos que os heterossexuais, ou seja, eles poderiam se casar. Além disso, dois anos depois, entrou em vigor uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) obrigando todos os cartórios do Brasil a oficializar as uniões.
Veja também:
Fãs defendem Daniela Mercury por suposta acusação de apropriação cultural
Desde que Henique Limongi tentou impedir o casamento, Adrieli e Anelise Nunes Schons travam a luta na Justiça para conseguirem que a união permaneça oficializada. Nesta terça-feira (5), o casal lésbico, finalmente, conseguiu.
“Pior que eu tenho um AVISO IMPORTANTE mesmo! Minha advogada acabou de me ligar! Para todos que acompanham a saga que eu e a Anelise passamos para manter nosso casamento, saiu a decisão final: ESTAMOS CASADAS E PROMOTOR NENHUM CONSEGUIU IMPEDIR ISSO!!! O AMOR SEMPRE VENCE!!!”, comemorou Adrieli em seu Twitter.
A AMOR VENCE TODAS AS COISAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAASSSSSSS
*Ao som da música que entramos na festa depois de casadas*
R U Mine? – Arctic Monkeys pic.twitter.com/SYIn4PpqIz— Adrieli Nunes Schons (@Adrieli_S) 5 de fevereiro de 2019