Em primeiro lugar, existem diferentes tipos de relacionamento, dentre eles, o aberto e nós tratamos deste tema diversas vezes. O “monodesejo”, que é a afetividade sem a possibilidade de expansão”, que o sociólogo Edgar Morin já expôs em algumas obras, é fruto de um produto extremo de séculos sobre séculos de influência cristã e cultural.
E, até hoje, a maioria das pessoas prefere direcionar a sua relação desta forma, já que o relacionamento aberto pediria muita confiança, segurança e o desprendimento. O ser humano tem uma necessidade de ‘pertencimento’, seja a um grupo ou uma relação romântica, de ter algo para chamar de seu para se sentir confortável.
O êxito de qualquer relação vai depender de ações e das estratégias adotadas pelos sujeitos.
Pesquisa
Pesquisa realizada recentemente pelo happn, um dos aplicativos de encontros mais populares do mundo, revela que poucos estão abertos a experiências fora do padrão. E mais! A enquete aponta que há um considerável descompasso entre as expectativas do público masculino e feminino.
Enquanto o público masculino divide-se entre os que buscam relacionamentos casuais (38%) e aqueles que querem um relacionamento mais sério e monogâmico (39%), apenas 15% das mulheres estão de olho em aventuras passageiras. Esse percentual sobe para 66% quando consideradas as mulheres que visam encontrar o verdadeiro amor e desenvolver um relacionamento monogâmico.
O público masculino também está mais disposto ou curioso em viver uma relação aberta ou poliamorosa do que o feminino: enquanto 17% dos homens responderam que certamente estariam abertos, apenas 5% das mulheres foram tão enfáticas. Em contrapartida, vale notar que as mulheres se mostram mais abertas para o « talvez » – são 76% (F) X 45% (M) – e são menos veementes no « nunca » – 19% (F) X 38% (M).
Mas, a despeito de possíveis fantasias, a grande maioria – 85% das mulheres e 69% dos homens – nunca vivenciou um relacionamento aberto ou poliamoroso. As porcentagens ficam mais próximas quando questionados sobre a razão de serem amantes monogâmicos: 60% das mulheres e 65% dos homens afirmam ter uma visão clássica do que é um relacionamento.
Aparentemente, os homens são mais flexíveis no que tange à monogamia. Ao serem perguntados se esta é importante para um relacionamento saudável, 42% afirmam que sim, que “só conseguem se enxergar em um relacionamento exclusivo”. A taxa sobe para 68% no público feminino. Surpreendentemente, 46% do público masculino afirma que a importância do fator “depende do momento e da outra pessoa”. Somente 24% das mulheres pensam da mesma maneira. Resta saber se a flexibilidade masculina vale para ambos os parceiros. Mais de 1,3 mil usuários do happn responderam à pesquisa.