LGBTs em presídios é um tema que divide opiniões, mas que deve vir sempre à tona tendo ênfase em políticas públicas compromissadas em mudar este cenário. Nós já reportamos aqui o dilema de alguns LGBTs na prisão, seja sofrendo retaliação de outros presos através de comentários vexatórios, ou até de agressões físicas.
Desta vez, o ministério comandado por Damares Alves resolveu fazer uma pesquisa para avaliar a situação de LGBTs dentro dos presídios. Desse modo, ao todo, 31 presídios brasileiros foram visitados pelo consultor da pasta da Diretoria de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, o doutor em Educação Gustavo Passos. O resultado será divulgado nos próximos dias.
“Não era uma ala, era uma cela com 33 pessoas. Eram muitas denúncias ao mesmo tempo. Quando voltei, pensei em desenvolver alguma coisa, porque no Brasil inteiro temos esse mesmo problema”, afirmou Marina Reidel, professora transexual e que atua nesse sentido.
“Precisamos de algo mais assertivo, no sentido de normatizar essas questões. É melhor ter alas nos presídios? Então teremos. Hoje, não é em todos os presídios que temos alas ou celas para LGBTs, e é uma população que sofre duas ou três vezes mais que a população na rua. Se na rua você já sofre violência, imagine no sistema carcerário”, reitera Marina ao Gazeta do Povo.