Um casal transexual em Cuba superou preconceitos e sacramentou matrimônio civil em Havana. O fato de permitir o casamento entre transgêneros representou um ineditismo na ilha socialista. Contudo, tiveram que inscrever sua união com seus gêneros registrados legalmente em seus documentos, masculino e feminino, sem violar as normas.
“Este ato jurídico não transgride o estabelecido no ordenamento jurídico cubano pois se trata de duas pessoas cujo gênero registrado legalmente é feminino e masculino embora não sejam coerentes com as identidades de gênero de Ramsés e Dunia”, explicou o estatal Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex).
Em Cuba, os homossexuais sofreram perseguição, sobretudo nos anos posteriores à vitória da revolução, um fato pelo qual o ex-presidente Fidel Castro (1926-2016) pediu perdão.
No entanto, há mais de uma década o Cenesex promove a luta pelos direitos das pessoas LGBTI, sob a direção da deputada Mariela Castro, filha do ex-presidente Raúl Castro.
Ainda, segundo EFE, a instituição promoveu a inclusão na nova Constituição do conceito de matrimônio como “união entre duas pessoas”, embora não tenha conseguido apoio majoritário.