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Entrevista

Após nomeação de Liniker para a Academia Brasileira de Cultura, Dante Olivier opina

Ao assumir a cadeira número 51, que anteriormente foi da também cantora Elza Soares, Liniker se tornou a primeira artista trans a ser considerada uma “imortal”

Publicado em 13/12/2023

Nos últimos anos, temos visto muitos debates sobre um mesmo assunto: representatividade. E não é para menos, afinal, esse é um tema extremamente importante, principalmente quando lidamos com a diversidade a todo momento. Para exemplificar a questão, é possível trazer como exemplo um acontecimento recente e bastante representativo: a nomeação da cantora e compositora Liniker para a Academia Brasileira de Cultura.

Ao assumir a cadeira número 51, que anteriormente foi da também cantora Elza Soares, Liniker se tornou a primeira artista trans a ser considerada uma “imortal”. O influenciador Dante Olivier, homem trans, conversou conosco e compartilhou sua visão sobre como esse feito influencia a comunidade transexual.

“Eu acredito que esse é, definitivamente, um dos acontecimentos mais importantes porque é representatividade à comunidade trans brasileira. Quantas pessoas trans, no mundo, têm esse status? Certamente, não são muitos. Então, podemos dizer que talvez este seja um acontecimento relevante à nível mundial. É uma honra estar vendo essas conquistas, mas também é importante que nos coloquemos num lugar de querer entender como referência, de entender que podemos alcançar lugares maiores e, assim como ela fez, entregar coisas grandiosas”, afirma.

De fato, é uma grande e louvável conquista, mas, diariamente, é possível contar com a presença de artistas trans em nosso dia-a-dia, ao menos nas novelas. Atualmente, a atriz trans Maria Clara Spinelli está no ar como uma das protagonistas da novela “Elas Por Elas”. Antes disso, o ator trans Alan Oliveira deu vida ao DJ Cidão em “Vai Na Fé”. Para Dante, essa é uma atitude positiva, mesmo que “compulsória”.

“Vejo que o mercado cultural tem se aberto para a comunidade trans como um todo, mas ainda é num lugar de pressão social e, ainda, num lugar de trans único e isso é algo que me incomoda, sabe?! A gente vê o mercado se abrindo, mas com ressalvas. Parece que por ter uma única pessoa trans já é bastante e não é, afinal, temos vários modelos de profissionais trans no entretenimento e na cultura. Infelizmente, isso é algo que acaba criando uma rivalidade dentro da própria comunidade, já que as chances são poucas. É como se só houvesse espaço para um de nós e não era para ser assim. Acho incrível, maravilhoso que estejamos alcançando outros lugares… É isso que temos que lutar para ter: espaço e a mesma condição de trabalho que a população cis, mas numa escala maior e com dignidade para todos”, analisa.

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