cultura

Monica Casagrande abre caminhos para o seu novo EP, “Encruza Miramar”

Alexandre Elias (quem assina produção, mix e master do EP) conta que, para o single, pesquisou bastante Clara Nunes e o álbum “Os Afro-Sambas” de Baden Powell e Vinícius de Morais

(Foto: Danieli Fonseca)
(Foto: Danieli Fonseca)

Abre Caminhos” é a música que lança “Encruza Miramar”, o novo EP de Monica Casagrande. A faixa é trilhada por influências que vão de Clara Nunes até o novíssimo reggaeton.

A composição, segundo Monica, veio como uma forma de cura e libertação. “Depois de ter passado por um relacionamento abusivo, tive que aprender tudo de novo. Redescobrir e redefinir o amor foi o primeiro passo nessa jornada – e é sobre isso que eu quero falar nessa música. O amor pelo nosso próprio corpo, que é nossa moradia; pelo outro, com quem podemos trocar e aprender tanto; pela terra, a grande mãe; enfim, a conexão com o todo. O amor é o norte”. A letra é aberta pelas imagens lendárias de Ogum e Iemanjá – “Ogunhê, Odossia” -, dois orixás que invocam forças de polos opostos: um, masculino, representação da guerra e da luta; outro, feminino, representação dos mares e da maternidade.

Se valendo desses opostos complementares, Monica abre os caminhos para a busca de espiritualidade e autoconhecimento.

A música surge como um desejo de tomada de consciência e novos rumos, sempre cuidando para que a força guerreira se encontre com a afetiva. É esse clima que a saudação final a Exu retoma.

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