Gilberto Braga morreu nesta terça-feira (26), aos 75 anos, no Rio. Bernardo Araújo, que é sobrinho do autor, afirmou que o tio estava internado desde sexta-feira (22) no hospital Copa Star, em Copacabana, depois de ter tido uma perfuração no esôfago.
“Vinha há alguns anos com vários problemas de saúde e passou por uma cirurgia na coluna, uma no coração e uma hidrocefalia, já vinha apresentando dificuldades para andar”, disse, conforme o G1.
“Aí ele acabou indo para o hospital na semana passada. Ele foi internado já bem mal, e lá foi constatada uma infecção generalizada por conta da perfuração no esôfago“.
Responsável por personagens emblemáticos LGBTs, o autor oficializou a sua união após 40 anos ao lado de Edgar Moura Brasil em 2014. Os dois oficializaram o noivado em Paris, na França, durante uma viagem de férias, em dezembro de 2013.
Gilberto Braga escreveu seu primeiro personagem gay em 1978, o mordomo Everaldo, de Dancin’ Days. Naquela época, os personagens ainda vinham de forma caricatural. Os estereótipos foram caindo após a evolução do pensamento social e o avanço das discussões.
Na trama de 1988, foi a vez de Laís (Cristina Prochaska) e Cecília (Lala Deheinzelin) quebrarem alguns paradigmas vigentes em Vale Tudo. Escrita por Gilberto Braga e Aguinaldo Silva, a novela contou com um enredo bem provocativo, mas um esboço do real.
Em Babilônia, 2015, o beijo entre Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg) movimentou as redes sociais. A novela representou um casal idoso de lésbicas e mostrou que a paixão é levitação, êxtase e, sobretudo, não estabelece limites de idade.