As questões contemporâneas de gênero e sexualidade estão presentes no novo livro do psiquiatra e escritor Tiago Mussi, “O ano em que me tornei psicanalista”. Ele é autor do romance “Tão fútil e de tão mínima importância”, que tem protagonista trans e recebeu o Prêmio Rio de Literatura, em 2016. Lançado pela editora Blucher, o novo livro parte da autoficção para explicar a formação e os mistérios que cercam o ofício do psicanalista.
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“Talvez a escrita seja, ao lado da psicanálise, a única forma possível para desvelar o que se esconde sob o sentido manifesto das palavras. Será? Assim me parece. Se por um lado tanto o exibicionismo quanto o voyeurismo me impediriam de ir além do que Freud foi ao revelar seus próprios desejos em A interpretação dos sonhos, por outro, a escrita, e, sobretudo, a escrita da psicanálise, poderia me libertar. E sabemos que escrever é uma exposição muito maior do que ficar nu em público”, escreve Tiago.
Além de “O ano em que me tornei psicanalista” e “Tão fútil e de tão mínima importância”, Tiago Mussi lançou “Onde os paranoicos fracassam” (romance) e “Por que os loucos escrevemos livros tão bons?” (contos). Com mestrado em Psicologia pela Université Paris 13, ele é membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro.