A cantora Angela Ro Ro, em entrevista ao Diário, falou sobre ser lésbica e os desafio enfrentados. Corajosa, a famosa revelou suas inspirações e ainda disse que seu público é mais emocional e sensível.
“Me assumir lésbica me custou a cegueira de um olho e meio e metade da audição. Fui espancada quatro vezes pela Polícia Militar e uma pela Polícia Civil. Sofri agressões físicas em 1981, 1983, dois episódios em 1984 e em 1990 por soco inglês, barras de ferro e cacetete. Era ditadura, mas acho que não tem ligação direta”, começou Angela, que já se nomeou ‘lésbica diamante’.
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“Você não vê quantas crianças são mortas hoje em dia por bala perdida no Rio? Na época, também sofri muitos ataques homofóbicos de outras formas e cheguei a ser estuprada. Me orgulho de ter sido pioneira, fui a primeira artista a se dizer lésbica no Brasil”, continuou.
Acerca de seu público, a cantora não hesitou em categorizar.“Não sou nenhum Roberto Carlos ou Maria Bethânia. Eu tenho um público médio, porém sensível e emocional. E agora é uma sensação diferente. As lives também contam com um público que se arrisca também”, disse.
