Conforme reportamos há pouco tempo, uma travesti foi a primeira a conseguir findar com êxito o processo de adoção no Brasil. Alexya Salvador, que fez a sua transição de gênero aos 28 anos, elucidou, em entrevista, sobre como foi adotar os três filhos sendo que, dois deles, são crianças trans.
“Sempre tive o sonho de ter filhos. Vim de uma família muito grande e, desde muito jovem, dizia que queria ter pelo menos três. Mas não imaginava que eu seria mãe, muito menos que eu seria a mulher que eu sou hoje”, conta ela ao UOL, que é casada com Roberto, há 12 anos.
A cantora norte-americana Ezra Furman, de 34 anos, responsável pela trilha sonora da série de sucesso Sex Education, da Netflix, revelou, por meio das redes sociais, que é uma mulher trans e mãe. “Eu queria compartilhar com todos que eu sou uma mulher trans e também que sou mãe há um tempo (tipo, + de 2 anos)“, escreveu a artista na rede social do Instagram.
Uma história que aconteceu na índia, que também contamos aqui, emocionou muita gente. Uma mulher trans, agora mãe de oito crianças, adotou seus filhos e vive com os seis na vila de Pakhanjur. Os outros dois já casaram e vivem com suas famílias.
Estudos nos dizem que maternidade é diferente da maternagem, a primeira seria um processo biológico no qual envolve a condição de ser mãe, ao passo que a segunda denota a predisposição de conceder cuidados ao filho, dar sentido às angústias, colo. Este vínculo forma a base para o desenvolvimento psíquico da criança. Isto é, quando pensamos a família e o ser mãe ainda atrelamos esta condição à famílias tradicionais, com uma mulher cis, o que ocasiona desafios incontáveis e torturantes para mulheres trans que desejam exercer a função materna.