Nos últimos meses, Pedro Figueiredo, repórter da Globo, recebeu comentários hostis vindos de um padre, que foi acusado de homofobia, que coordenava uma missa. O caso aconteceu na Paróquia NSA de Tapurah, a 428 km de Cuiabá. Paulo Antônio Müller, líder católico, proferiu as ofensas e citou passagens bíblicas para embasar os seus argumentos. O religioso, em sua fala, aludiu ao vídeo no qual o jornalista recebeu uma declaração do marido, Erick Rianelli, que também trabalha na emissora, durante o Bom Dia Rio.
“Não é como a Globo apresenta, dois ‘viados’, me desculpa, mas dois viados, um repórter pra um viadinho chamado Pedrinho. Ridículo. Que chamem a união de dois viados, de lésbicas do que quiserem como querem, mas não de casamento, por favor. Isso é uma falta de respeito para com Deus, isso é sacrilégio é blasfêmia”, disse o padre durante uma missa, que foi transmitida na internet.
No entanto, A Justiça Estadual de Mato Grosso rejeitou a denúncia apresentada pelo Ministério Púbico contra o padre Antônio Müller. Coletivos LGBT+ nacionais, testemunhas na ação, se mobilizaram para pedir que o MP recorra da decisão.
O magistrado entendeu que a fala do padre está dentro da liberdade religiosa, garantida por lei e um dispositivo dentro da liberdade de expressão.