Recentemente Tifanny foi cerne de uma polêmica envolvendo o treinador Bernadinho. Bernadinho criticou a jogadora Tifanny, primeira atleta transexual no vôlei profissional, na última terça-feira, (27). A conturbação começou durante a partida do Sesc-RJ. A partida comandada pelo treinador, e o Sesi-Bauru, pelas quartas de final da Superliga feminina de vôlei. O ex-técnico da seleção brasileira masculina se irritou com um lance formidável da atleta da equipe paulista, e disparou em direção ao banco de reservas: “Um homem, é foda!
Depois de passada toda controvérsia, ela jogou nesta segunda-feira (1) e saiu de quadra derrotada. O time dela, Sesi Bauru, jogou em casa e mesmo assim perdeu por 3 sets a 0.
Agora o time de Tifanny precisa vencer o próximo jogo para continuar com chances de título. A partida será na próxima segunda-feira (8), às 19h (de Brasília), em Uberlândia. O terceiro confronto, se necessário, está marcado para 11 de abril, às 20h30, também em Uberlândia.
Tifanny apresentou documentação jurídica (identidade ou passaporte com nome e foto de mulher) e médica (exame dos últimos 12 meses com nível de testosterona abaixo de 10nmol/L ou 288 ng/dL). Médico da Confederação Brasileira de Voleibol e responsável pela área clínica da Conamev, João Olyntho, explica como funciona o processo, mas faz um alerta.
“Se a testosterona estiver acima desse limite, ela terá de parar de jogar e o processo volta ao início. Terá de apresentar novos exames durante um ano dentro das recomendações do COI. Só depois será liberada novamente”, esclarece o médico. “Leva-se em consideração apenas o último ano em relação ao nível de testosterona. Mas e os outros anos todos na vida dessa atleta? Foram 30 anos”, pondera, também em entrevista ao O Globo.