A intolerância de alguns pais e alunos contra uma criança transgênero de 12 anos, culminou no fechamento de uma escola na cidade de Achille, no Estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, que suspendeu as suas atividades por uma semana.
Colegas da garota, identificada como Maddie, começou a atacá-la após ela começar utilizar o banheiro feminino, o qual condiz mais com a sua identidade de gênero. O caso tornou-se uma discussão entre os responsáveis dos estudantes da instituição que em mensagens trocadas em um grupo no Facebook chegaram a ameaçar castrar a pré-adolescente.
“Se ele quer ser uma mulher, faça dele uma mulher. Uma faca afiada fará o trabalho muito rápido”, sugeriu uma mãe em um dos prints divulgados pela imprensa local. Em outro post, um pai afirma que orienta os próprios filhos a agredirem Maddie. “Basta dizer para as crianças chutá-la no banheiro e ela não vai mais querer voltar!”, escreveu.
Diante do claro risco que a menina corre, sua mãe, Brandy, entrou com um pedido de restrição contra Burney Crenshaw, que se apresenta como líder dentre os pais que apoiam as agressões à vítima.
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“Isso é uma ameaça contra a vida dela – isso é assustador. Estes são adultos fazendo ameaças – eu não entendo isso”, afirmou a mãe à reportagem do KXII-TV. “Ela é uma criança incrível. Vê-la com tanto medo, não posso explicar o quanto isso me machuca”, completou.
O fato virou caso de polícia e até o FBI está envolvido com a missão de analisar as mensagens deixadas pelos pais das crianças nas redes sociais para saber se há algo que possa caracterizar crime de ódio.