Inclusão

Atletas LGBTQIA+ pelo mundo contam como foi a experiência de se assumir

"Eu também ia à igreja regularmente, refletindo sobre o quão ruins eram meus pecados diários só por ser eu mesmo..." disse o jogador de futebol Collin Martin

Bandeira LGBTQIA+
Bandeira LGBT (Imagem: Ilustrativa)

O Dia Mundial de Sair do Armário (International Coming Out Day) celebrado nos Estados Unidos desde 1988, no dia 11 de outubro, passou também a ser comemorado em outros países desde a sua criação. Até os dias de hoje, a expressão “sair do armário” é usada por muitos como forma de dizer que a pessoa assumiu sua sexualidade, não só no Brasil, mas no mundo.

Este ano, 17 atletas que fazem parte da comunidade LGBTQIA+, contaram em entrevistas dadas a ESPN, como foi a experiência de se assumirem publicamente. Esportistas de diferentes modalidades e países, como África, América do Norte, América do Sul, Ásia, Europa e Oceania, participaram da matéria.

Um dos atletas que concedeu entrevista ao site foi o jogador brasileiro de vôlei, Douglas Souza, que se destacou na seleção durante os jogos olímpicos de Tóquio 2020. “A comunidade LGBTQ+ sempre foi bem ativa, principalmente com relação ao vôlei feminino [no Brasil]. Todo mundo sempre torce para a seleção, para os campeonatos de clubes… Eu acho que o que mudou é que com o crescimento das redes sociais, agora tem milhares de grupos falando sobre os jogadores. Agora, nós temos mais voz, mais espaço para falar. Não cresceu de uma forma ruim, acho que é bem positivo.” disse Douglas ao ser questionado a respeito de como a modalidade mudou em relação a comunidade LGBT.

O jogador de futebol Collin Martin, dos Estados Unidos, também foi um dos que compartilhou como havia sido o processo de se assumir, principalmente em relação a si mesmo. “Eu não estava lutando contra isso só entre meus companheiros de equipe, mas eu também ia à igreja regularmente, refletindo sobre o quão ruins eram meus pecados diários só por ser eu mesmo. Há múltiplas camadas. Eu tive a sorte de ter uma família que me apoiava, mas eles não sabiam que eu era gay. Foi só quando eu saí da [Universidade] Wake Forest que eu comecei a aceitar minha sexualidade.” relembrou Collin.

Foram diversos depoimentos emocionantes, que inspiram e mostram como é importante continuar lutando por aquilo que se acredita, e mais ainda, lutar para ter a liberdade de ser quem é de verdade. A homossexualidade no esporte ainda é um tema cercado por muitos tabus, mas a presença desses atletas no meio esportivo é um exemplo de coragem e bravura para todos que ainda sonham em conquistar seu espaço no mundo.

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