Um estudante de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) afirmou sofrer homofobia dentro da sala de aula por professores e colegas, em um post publicado em suas redes sociais.
No depoimento que ultrapassa a marca de 9 mil compartilhamentos, Gustavo Henrique Amorim, de 25 anos, contou que em um dos episódios um professor chegou a pedir para ele ser menos “afeminado”. Outro docente teria dito que “veado não pode fazer urologia”.
“Foi durante uma aula que o professor falou que viado não poder ser urologista. Todo mundo sabe que eu sou gay e, a partir do momento que ele fala isso, ele tira o meu profissionalismo. É muito humilhante”, desabafou.
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O diretor da UFRJ Roberto Medronho, enviou uma nota de repúdio, junto com o texto de Gustavo por e-mail a todo o corpo docente, além de instituir um canal de denúncias anônimas. “Quando recebermos a denúncias, vamos abrir um inquérito para apurar e eventualmente punir os culpados”, disse ele ao jornal Extra.
Ainda no post, Gustavo levantou a falta de respaldo do curso e defendeu a criação de uma disciplina específica para o cuidado de LGBTs. “Queremos ser capacitados para orientar e tratar LGBT. Muitos dos médicos não sabem sequer o que é uma pessoa trans. Não sabem manejar ou encaminhar as transexuais que apresentam queixas relativas a efeitos adversos do tratamento hormonal ou cirúrgico.”
Medronho diz concordar com a sugestão e segundo ele, a disciplina pode virar eletiva já no próximo semestre, caso um professor se disponibilize a ministrar.