O filho da cantora Walkyria Santos, Lucas Santos de 16 anos morreu nessa terça-feira (3). O empresário e sócio da cantora, Alexandre César, disse que Lucas foi encontrado morto em seu quarto no condomínio onde morava com a mãe, em Natal (RN).
Lucas, que era hétero, havia publicado em seu TikTok um vídeo no qual fazia uma brincadeira com um amigo e, nesse sentido, foi vítima de comentários odiosos nas redes, muitos deles, com teor homofóbico.
A cantora Walkyria Santos recebeu manifestações de apoio de vários artistas após a morte do filho de 16 anos. O humorista Carlinhos Maia criticou ferozmente a ação de haters na web e desejou força à cantora. “Vocês têm noção como haters são destrutivos literalmente? Tá indo longe demais, meu Deus. As autoridades precisam usar todas os exemplos que temos, de vidas que se vão, para de uma vez por todas fazerem uma lei mais dura, algo severo de verdade”, escreveu o famoso.
Homofobia pode levar ao suicídio, independentemente de orientação sexual
O preconceito contra pessoas LGBTs é algo estrutural em nossa sociedade. A família representa, na maioria das vezes, o primeiro núcleo de socialização do sujeito e é nela que o mesmo buscará o acalento e a sensação de pertencimento e, quando não encontra, o sujeito tende a desviar essa busca para alguém mais próximo – professor, avó, dentre outros. Nesse sentido, a homofobia enraizada, que se manifesta em forma de agressão física ou psicológica, pode acometer quem é LGBT ou não, desde que a motivação do agressor seja a aversão à pessoas que não sejam heterossexuais. Já aconteceu de mãe e filha estarem de mãos dadas e sofrerem homofobia, pois o agressor pensou se tratar de um casal lésbico.