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Erótica

Cosplayer autista, Júlia Mayumi diz que se descobriu no OnlyFans

Alvo de preconceito e comentários maldosos por se lançar na indústria do entretenimento adulto, Júlia explicou que “está confortável”, mas que ainda enfrenta algumas dificuldades

Publicado em 13/09/2023

A cosplayer e influencer Júlia Mayumi, 23 anos, encontrou nos conteúdos sensuais do OnlyFans e Privacy uma maneira de conquistar a autoestima, o equilíbrio emocional e o dinheiro necessário para garantir os seus tratamentos de saúde.

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    Com dificuldade para socializar por causa do autismo e do TDAH, a influencer +18 se descobriu na frente das câmeras e na interação com os assinantes. O trabalho, segundo ela, está ajudando a melhorar a relação com o próprio corpo e resgatando sua saúde mental.

    “Sempre tive amarras para me relacionar com as pessoas e percebi que me sinto mais segura nas plataformas. Me sinto sociável e desejada. Eu sei que ali estão as pessoas que gostam de mim, quem me acha bonita e gosta das minhas performances. A relação que eu tenho com o meu corpo está melhorando cada dia mais. Me redescobri”, conta.

    Alvo de preconceito e comentários maldosos por se lançar na indústria do entretenimento adulto, Júlia explicou que “está confortável”, mas que ainda enfrenta algumas dificuldades por conta da discriminação, ainda que da minoria.

    “Muita gente ainda acha que pode chegar de qualquer jeito, ser rude e assediar só porque estou no OnlyFans, e não é assim”, lamenta. “Claro que ainda existe um certo preconceito, mas aprendi a ouvir comentários positivos. Isso tudo ajuda na minha autoestima, estou curtindo essa fase. Me libertei de amarras. Essa coisa de mostrar minha intimidade está me salvando”.

    Elogiada por conta de seus cosplayers bem-produzidos, Júlia conta que faz conteúdo +18 com realismo e erotismo – algo até então inédito no Brasil –, e por isso vem conquistando muitos fãs pagantes, inclusive gringos que já estão mais acostumados com pornô de animes, por exemplo.

    “Mostro uma ‘atmosfera geek sexual’. A pornografia é bruta, eu trago um toque mais leve e doce com cosplay. É uma temática mais menininha, mais delicada e instigante. Quem entra no meu perfil não quer sair. É viciante”, garante. “Ali posso ser quem eu quiser, viver uma personagem diferente todo dia. E isso cria uma conexão muito forte com os caras, uma expectativa também”.

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