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Jornalista Rômulo Moreira troca rádio por marido e filhos, e detona preconceito com adoção

Questionado sobre o preconceito contra o casal homoafetivo e a adoção, o jornalista disse já estar vivendo essa realidade

Fotos: Reprodução Instagram @euromulomoreira / Perfil II Comunicação
Fotos: Reprodução Instagram @euromulomoreira / Perfil II Comunicação

O jornalista Rômulo Moreira fez um importante desabafo durante uma Live em uma rede social sobre o casamento com o decorador e promoter, Anderson Medina (34), com quem é casado desde 2020. 

Casar era é um dos sonhos mais sólidos e desafiadores que eu tinha dentro de mim. Sempre soube que seria diferente, assim, do jeito que está sendo, com uma vida mais tranquila, longe das festas, do trabalho que me tomava todo o tempo, das baladas, e era isso mesmo o que eu queria. Tem dias que sinto falta de agitação, vivo cercado de mar e mata, só a nossa casa, nossos cachorros (Maria Bethânia e Joakim Antônio) e nossa calopsita (Elis Regina), sem vizinhos, sem amigos e sem família por perto. É uma solidão gostosa de sentir pois ela é a dois, no caso, a cinco (risos)”, revela ele, que falou sobre o desafio de trocar a redação de um portal de notícias e as ruas da reportagem para encarar diariamente uma cozinha

Cozinhar era uma paixão mas eu não imaginava que seria um trabalho. Tivemos a ideia, conversamos, amadurecemos e nos jogamos no desafio. Troquei o computador pelas panelas. Chego em casa todos os dias com cheiro de alho, feijão, carne e frango, tudo junto e misturado. Mas estou amando. Antes, dormia às 3h, 4h e acordava depois das 12h, hoje, durmo 21h e estou de pé às 7h”

Questionado sobre o preconceito contra o casal homoafetivo e a adoção, o jornalista disse já estar vivendo essa realidade antes mesmo da chegada dos filhos. 

Apenas alguns poucos amigos sabem, inclusive gays, e os comentários não foram agradáveis, mas eu não deixei por menos. Opinião de amigo não vai pagar as minhas contas e nem colocar comida na mesa para os nossos filhos. E, que bom que eles demonstraram desrespeito e preconceito com o fato de querermos a adoção, assim eles já foram excluídos do nosso convívio. De repente eu me vejo com um instinto de pai que nem eu sabia que tinha. Ouvimos comentários do tipo ‘mas vocês sabem o risco que essas crianças podem trazer? Elas podem ser psicopatas’, e eu saí de mim e virei um leão. Pessoas que pensam assim queremos longe da nossa família, da nossa casa, dos nossos filhos. Eles nem chegaram e já estão sendo tão amados que o preconceito será vencido com amor”

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