Em entrevista ao UOL, Ney Matogrosso recordou alguns episódios de sua relação com Cazuza, que, no dia 7 de julho de 1990, morreu aos 32 anos por um Choque séptico causado pela AIDS.
“Eu tinha muito prazer de visitá-lo quando ele morava aqui perto de mim. Eu ia lá só para massagear o pé dele. Ele dizia assim: ‘Passa a mão bem levinha, Ney, porque meu pé dói muito’. E eu ficava ali horas, passando a mão”, disse o artista.
“Eu dizia: ‘Pô, Cazuza, eu não vou tomar AZT’. Ele dizia: ‘Pô, é pra gente ficar na mesma onda’ (risos). Cara dele, né?”, lembrou.
A zidovudina, também conhecida como AZT, é um medicamento antiviral, análogo de nucleosídeo (timidina), era usado como inibidor de alguns retrovírus, como o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), mas trazia muitos efeitos colaterais.
Recentemente, Ney detalhou os seus próximos passos na carreira. “Não pretendo fazer show desse trabalho. Quando acabar a pandemia, vou continuar com o Bloco na Rua, que inclusive, tenho recebido de muitos lugares parte do meu cachê. Então, tenho obrigação de voltar com ele e pretendo continuar”, apontou.