Um vigilante terceirizado do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) foi afastado da função, na sexta-feira (10). O afastamento foi ocasionado após o guarda trocar agressões com uma travesti, que estava na área externa do prédio. Sem querer se identificar, ela disse que foi alvo de preconceito.
“Me senti ofendida, agredida e humilhada pelas palavras e agressões que fez contra mim”, disse a travesti.
Em nota de esclarecimento, a assessoria de Hugo ratificou que repudia qualquer tratamento indigno, agressões físicas ou verbais.
A unidade ressaltou que “afastou o colaborador terceirizado até que os fatos sejam apurados, para, então, estabelecer outras medidas administrativas cabíveis”.
A confusão
De acordo com a versão da travesti, tudo começou quando ela foi pedir um cigarro para o rapaz. Ele, não gostando da atitude, a insultou e ainda pediu para que outro segurança a retirasse do local.
“Ele começou a me insultar, falou coisas que eu era veado, que não deveria falar com ele, como se eu fosse um tipo de ser que não existisse no planeta”, relata.
A priori, ela recusou sair, mas após muita resistência acabou cedendo. A agressão mútua ocorreu quando estavam próximos à portaria.
“Eu saí de lá porque ele pediu reforço, não ia ficar para apanhar, razão eu não vou ter, por mais que estivesse no meu direito. Ele não deve chegar em ninguém só para bater. Ele bateu [na nuca] na hora em que virei as costas, veio em cima de mim”, afirma.
Por fim, a travesti relatou que o segurança quebrou sua pulseira. Contudo, nenhum dos dois sofreu ferimentos graves. O caso não foi registado na polícia civil.
Informações G1.