Entenda

Hibristofilia: por que pessoas se apaixonam por criminosos violentos como Igor Cabral?

Especialista explica o que existe por trás do fetiche por criminosos como o ex-jogador
07/08/2025 11:23
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Igor Cabral(foto: Reprodução/Instagram)

Igor Cabral

O caso do ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, que deu mais de 60 socos na então namorada, Juliana Garcia dos Santos, em Natal, capital do Rio Grande do Norte, gerou uma série de reações e debates sobre o crime, que trouxe imagens brutais.

Após o caso vir à tona e o criminoso ter sido preso, diversas pessoas passaram a declarar amor, interesse afetivo e até desejo de “ajudar” o agressor. O comportamento curioso e polêmico, possui nome e definição: hibristofilia, a atração por criminosos violentos.

Heitor Werneck, fetichista, produtor cultural da Parada LGBT+ de São Paulo e criador do Projeto Luxúria, uma das maiores festas BDSM da América Latina, explicou que esse fenômeno, ainda que alarmante, não é nada de novo.

“O fetiche em criminosos violentos começa no cinema. Você vê desde filmes de mafiosos, de gangues e até de super-heróis, como os vilões do Batman. Todas as mulheres e companheiras dos marginais são extremamente bonitas, bem cuidadas, com unhas, roupas, joias, cabelo, com segurança. Isso faz a mulher ser mais feminina e ser protegida por um super-homem, mesmo ele sendo criminoso”, afirmou ele, em entrevista à colunista Fábia Oliveira, do portal Metrópoles.

No Brasil, a figura do marginal é erotizada de uma forma particular. “Aqui, que a gente não tem acesso a grandes marginais de Hollywood, só a marginais que estão em cadeias, a gente vê isso como homens rudes, bruscos, fazendo coisas com mulheres e incentivando um pensamento completamente de ser dominada ou de dominar um homem rude”, analisou Werneck.

O fetiche é ligado diretamente a uma ideia de transgressão e fantasia de poder. “Qualquer fetiche é normal, desde que feito com consensualidade. A maioria dessas mulheres que se dispõem a ser mulheres de marginais sabe o risco que corre, porque está participando de uma vida violenta e contra as regras. Isso mexe no imaginário dela. Ou dele… do menino… ou da travesti… ou da mulher que se envolve com esse tipo de pessoa”, explicou Heitor.

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