Jovem recebe mensagem anônima sobre namorado soropositivo e dá lição nos preconceituosos

Jeandro Borba publicou um post no facebook sobre como é namorar um soropositivo
Jeandro Borba publicou um post no facebook sobre como é namorar um soropositivo (Foto: Reprodução/Facebook)

Uma mensagem anônima recebida pelo jovem gaúcho Jeandro Borba, de 29 anos, no aplicativo Sarahah fez com que ele iniciasse uma discussão a partir de uma publicação no Facebook sobre a diferença entre HIV e Aids e quebrar preconceitos em torno dos indivíduos soropositivos em relação a sociedade.

“Teu namorado tem aids”, dizia a mensagem não identificada no app, que permite que usuários enviem e recebam mensagens anônimas para dar feedbacks positivos ou enviar elogios e críticas a outras pessoas. Diante da surpresa, Borba resolveu escrever um post na rede social para esclarecer a possibilidade do convívio de um casal sorodiscordante, quando apenas uma das partes tem o vírus.

“Primeiro, gostaria de deixar bem claro que palavras como essa não me ferem, tão pouco afetam meu relacionamento”, iniciou ele. “Mas como senti que elas estão carregadas de falta de informação, preconceito e maldade e por ser Servidor Público que atua no Sistema Único de Saúde, onde uma das minhas atividades é esclarecer as pessoas sobre doenças, tratamentos e prevenções, me sinto com obrigação de te esclarecer algumas coisas”, completou.

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Borba continua o relato ao explicar a diferença entre ser portador do HIV e a doença Aids, fala do tratamento que mantém a quantidade do vírus no organismo da pessoa controlada e como estes procedimentos podem levar ao soropositivo a carga viral indetectável, quando o portador do vírus não é capaz de transmiti-lo para o parceiro sexual.

Por fim, Jeandro informa que desde o início do namoro sempre falou abertamente com o namorado sobre o assunto e aproveitou para alfinetar os preconceituosos. “Desde o início conversamos muito sobre o assunto e estamos muito bem preparados pra receber esse tipo de preconceito e saber lidar com ele, jamais esse tipo de frase afetará o que sentimos e o que vivemos”, conclui.

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