Casos de homofobia são frequentes, desta vez quem protagonizou foi Jessy Oliveira e sua namorada. Em um grupo no Facebook, ela conta que sofreu represália ao tentar comemorar três anos de relacionamento com sua namorada em um motel na zona leste de São Paulo. Elas foram impedidas de entrar no local por, supostamente, estar lotado, mas o argumento não condizia com a realidade.
“Era 00h58 quando chegamos ao motel e tinham dois carros na nossa frente. Quando chegou nossa vez, a atendente olhou para dentro do carro e gritou: ‘está tudo lotado, não têm vagas’. Estávamos alterando o endereço da viagem para nossa casa quando chegaram mais dois casais”, relata.
O casal em questão era heterossexual e, logo que abordaram a atendente na recepção, ela apresentou alguns quartos disponíveis. “Desci e fui perguntar se tinha quarto, pois ela havia acabado de deixar um casal entrar após efetuar o pagamento. Ela gritou: ‘não moça, já te falei que não tem quarto, eles entraram para esperar e ver se tem vaga para eles’. Aí perguntei o motivo dela não ter oferecido que esperássemos também e ela falou mais alto ‘porque já te disse que não têm quartos’.
Em entrevista ao Yahoo, Jessy contou que foi a primeira vez que tentou ir ao motel e que se surpreendeu com a atitude da atendente. “Em nenhum momento ela mencionou nossa sexualidade, simplesmente disse que não haviam quartos disponíveis. Mas o tom foi agressivo”.
A constatação da homofobia foi, justamente, por não ter quartos disponíveis para Jessy, mas entrada liberada para casais heterossexuais.
“Só não havia vaga para minha esposa e eu (duas mulheres), pois se fosse um casal hétero teria”.
Posicionamento do Motel
“Eles disseram que deve ter sido um mal entendido ou então que a atendente não estava em um bom dia porque, para eles, não aconteceu homofobia. Até porque a atendente também é lésbica“, dizia o comunicado.
Jessy e sua namorada foram convidadas a voltar ao motel para uma noite grátis. “A atendente pediu para eu ir um dia lá e disse que vai me dar uma diária sem cobrar, para entender melhor o que aconteceu”.