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Ludmilla fala sobre carreira e futuro: “Brasileira, preta, periférica e lésbica”

Publicado em 02/09/2020

Sempre muito autêntica e alavancando a sua carreira cada vez mais, em um bate-papo com o portal POPline, a famosa falou sobre preconceitos, carreira e planos vindouros. Ludmilla acredita que é importante ter referências e que isso a encoraja.

Cara, ler isso me emociona porque nem tinha pensando em algo tão marcante. Então não sei se consigo mensurar o quanto isto significa. Principalmente sendo mulher, brasileira, preta, periférica e lésbica. Mas penso no quanto é importante termos referências. Ser uma mulher de sucesso é uma conquista enorme. Mas sei que ter sucesso sendo uma mulher com estas características que tenho é algo inspirador. O que eu espero é que tantas outras garotas possam sonhar e conquistar o que estou conquistando. E que mulheres como eu não sejam mais exceções como sucesso. Porque isto é o resultado de muitas barreiras derrubadas, muito trabalho, muito suor. E quer saber? Tudo valeu a pena. Esse bilhão vai nos dar ainda mais gás para continuar e fazer muitas coisas novas para o público que é a quem eu devo tudo isso”, diz ela, sobre passar 1 bilhão de streams no Spotify.

Acerca de ser inferiorizada por ser negra mesmo sendo bem-sucedida, a cantora destaca que é uma questão estrutural. “Sim, mas isso vem da estrutura racista desses país, né? Para nós, pretos, sermos reconhecidos por fazermos um bom trabalho, temos que fazer o dobro ou o triplo do que um branco faz se quisermos ser vistos da mesma forma. Qualquer deslize faz com que nossa credibilidade vá por água abaixo. Tem uma porção de “juízes” por aí, apontando o dedo e só aguardando uma falha. Mas a resposta sempre será com muito trabalho e respeito a todos. Hoje eu consigo notar mais fácil como mulheres têm sempre que provar mais, como mulheres pretas, ao reclamar, são sempre tidas como histéricas. Quando eu luto por algo, eu luto”, começa.

“E uma mulher preta vai ser sempre acusada. Mas eu sigo, porque tem muita gente boa por aí que também dá bastante suporte pra não deixar a peteca cair. E eu acredito que todos juntos, o povo preto, o povo branco aliado, unidos, eles fazem mais por um mundo melhor que preconceituosos em geral”, disse Ludmilla.

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