Apesar do presidente Jair Bolsonaro declara que o Brasil não pode ser um “país do mundo gay”, os números provam o contrário. De acordo com uma pesquisa do estudo do Fórum de Turismo LGBT, realizado em parceria com a Associação Brasileira de Turismo LGBT (ABTLGBT) e pela revista ViaG, nos últimos anos o Brasil tem se tornado uma grande potência do turismo LGBT da América Latina.
Segundo os dados da pesquisa, em 2017 este nicho apresentou um crescimento de 11%, enquanto o turismo de modo geral apenas subiu 3,5%, no Brasil. A pesquisa ainda aponta que o gasto de turistas LGBTs é 30% maior em relação a outros viajantes, o que mostra que o público LGBT movimenta hoje 10% do turismo mundial.
Mesmo sabendo da importância do investimento do turismo LGBTQ+, no dia 15 de maio o presidente assinou um decreto para a criação do Plano Nacional de Turismo de 2018 a 2022 , onde não consta o incentivo ao turismo LGBT.
Originalmente elaborado no governo do ex-presidente Michel Temer, o Plano destacava a importância da diversidade no turismo brasileiros. O documento ainda deixava claro que o objetivo era “sensibilizar o setor para a inclusão das pessoas idosas e do público LGBT no turismo”.
Agora, no governo de Bolsonaro, o texto original foi alterado e apenas existe o item “sensibilizar o setor de turismo para a inclusão das pessoas idosas”, retirando as menções ao público LGBT.