Divulgando o seu segundo álbum, o recém-lançado “Coração”, Johnny Hooker define o novo trabalho como um momento de recomeço. Após passar por uma forte crise de depressão, aliada com uma separação repentina, ele avisa, em entrevista ao jornal Extra, que está com pronto novamente para outra.
“Esse disco veio num momento muito escuro da minha vida. Venho lutando contra a depressão há anos, e a turnê (”Eu vou fazer uma macumba pra te amarrar, maldito”!) me desgastou demais e aprofundou o processo da doença. No final, aconteceu o abandono de um namoro/casamento de três anos. Ele falou que estava indo embora. E foi! Não sei o que houve! Eu me vi jogado no escuro! Quando percebi que não aguentava mais sofrer sozinho, parti para o tratamento (terapia).”, contou.
O cantor lembra que o ápice da doença foi de suma importância para o seu processo criativo no novo trabalho. “Na hora mais nebulosa da minha história, vi a pulsão da vida me chamando, me entregando ao viver. Foi um processo transformador e catártico fazer
esse disco. “Coração” é muito solar”, confirma.
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Com uma bagagem politizada, Hooker também desabafou sobre a situação dos LGBTs no país. “Ser gay no Brasil não é legal. Morre um de nós por dia. É o país que mais assassina LGBTs no mundo. Isso é terrível demais! Essa é uma geração que chega para questionar, provocar e puxar para uma discussão mais aprofundada sobre essa situação. Todo ato artístico é político, e o artista tem que causar incômodo.”, exclamou, que garante receber muito ataques homofóbicos nas redes sociais.
“Sou olhado com muita estranheza. Eu procuro não ver porque sempre fico com dor de cabeça, só gera desgaste. Essas pessoas querem nos ver queimando na fogueira. Mas a gente vai queimar é de prazer”, finalizou.