De modo geral, a inserção de pessoas trans no mercado de trabalho ainda é um desafio penoso. Não foi diferente com Maxine Heron, modelo trans que demorou para assumir sua identidade de gênero por medo de recusas no segmento e represálias da sociedade.
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“O fundador da agência me disse que era por causa ‘da coisa trans’. Eu perguntei se eles estavam dizendo que eu era trans a todos os clientes que pediam por mim, e ele disse que sim, porque não dizer seria ‘um conflito de interesse'”, contou ela ao Metro UK.
“Bom, eu acho que ser inclusivo é sobre normalizar histórias como a minha, e que na moda não deveria interessar o passado de alguém, mas sim se esse alguém tem o visual certo para o trabalho. Eu achei que esse era o papel da agência, não categorizar as pessoas”, destacou.
“Foi aí que eles me disseram que isto era algo com que eu precisaria lidar, por causa do meu ‘estilo de vida’. Eu perguntei se eles queriam dizer a escolha de me assumir, mas eles disseram diretamente que estavam falando da minha ‘escolha’ de fazer a transição. Eu deixei claro para eles que esta era a minha identidade, e não um estilo de vida.”, enfatizou.