Nesta quarta-feira, 7 de setembro, morreu o artista plástico e fundador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo. Aos 81 anos, ele foi encontrado morto por um funcionário do museu que foi até sua casa no bairro da Bela Vista, na capital paulista.
Enfrentou resistência da elite paulistana. “Mas tinha que ser um baiano?”, artistas comentavam na cerimônia e posse. “E preto e homossexual”, emendava ele próprio.
Em entrevistas, se posicionava contra adoção e casamento entre pessoas do mesmo sexo. “Se queria ser pai, por que não virou hétero, não pegou sua mulher e fez seu filho? Que é isso, gente? Sou homossexual, vou querer ter uma filhinha? Isso realmente é meio canalha. Também acho um absurdo alguém que queira se casar e vai ao altar ou ao juiz. Pode casar e descasar no dia seguinte. Muito bonito, superemocionante ter seu dia de princesa, seu belo vestido, flores, flores e flores.“
O velório acontecerá nesta quinta-feira (8), a partir das 9h, na sede do museu, e será aberto ao público. A entrada se dará pelo Portão 3 do Parque Ibirapuera. O sepultamento será às 16h, no Cemitério da Consolação.