Ruddy Pinho, que gostava de ser chamada de a ‘Maravilhosa’, morreu nesta sexta-feira (5), no Rio de Janeiro. Cabeleireira e autêntica, Rudy estava com 76 anos. Precursora que nasceu em Sabinópolis, Minas Gerais, e cresceu em Belo Horizonte, representou avanços no meio LGBT+, sobretudo para comunidade trans. A profissional já cedeu entrevistas na qual discorreu sobre sua jornada de luta e muito deslumbre.
Trabalhou também com Marília Pêra, Odete Lara, Yoná Magalhães e Beth Carvalho, sem falar de Susana Vieira, grande amiga por 36 anos. “Conheci Susana no início de sua carreira, e ela sempre foi um excelente profissional, uma pessoa batalhadora, mas precisava se transformar numa referência. Descobrimos juntas que mudar o visual seria uma ótima saída, e foi. Tudo que ela fazia virava moda”, relembrou em entrevista ao UOL, em 2016.
Acerca de sua identidade de gênero e descobertas, Rudy, que também escreveu livros emblemáticos, explicitou o que sentiu – “Bateu uma crise de identidade porque não tinha feito nada por mim naquela altura vida, como mulher que queria ser. Tive depressão, engordei, caí nas drogas e quando cheguei no fundo do poço resolvi fazer análise. Fui resolvendo as minhas coisas internas e fui para Europa. Quando voltei, voltei mulher”, contou com orgulho de ser transgênero.
Além do mais, explicou que optou pelo nome Rudy por conta de seu avô Ulysses Rudolf e também em homenagem ao bailarino Rudolf Nureyev. Além de cabeleireira, já publicou nove livros e atuou em três filmes.