Exemplo de representatividade, Nanda Costa fala abertamente sobre questões que envolvem sua vida pessoal e seu relacionamento notório com Lan Lhan. Em entrevista à Quem, a famosa discorreu sobre muitos assuntos concernentes à sua orientação sexual e desafios que perpassaram e perpassam sua jornada.
“A importância da representatividade é muito grande. Quando eu era adolescente e estava descobrindo minha sexualidade, não via nenhuma atriz falando abertamente sobre isso e trabalhando em novela, sendo capa de revista ou fazendo publicidade. Achava que eu era estranha e que se eu fosse dar margem para quem eu era de verdade, não alcançaria o meu objetivo. Era um medo profissional de não ser chamada mais para trabalhar e de colocar em risco todo o sacrifício que fiz para ser atriz“, disse.
“O maior monstro que já enfrentei e matei foi o preconceito estrutural que está desde sempre na sociedade, desde que nasci. Era meu preconceito também até eu conseguir viver a minha vida e ser quem eu sou, sem precisar me esconder. Minha vida ganhou sentido, passei a respirar melhor, consegui relaxar com a pessoa que eu era sem ter que disfarçar meu jeito de falar ou de me vestir com medo do que iam falar de mim. Hoje economizo no táxi também porque não vamos mais em carros separados (risos)”, pontuou.
Acerca do medo de assumir o relacionamento com a amada, Nanda Costa foi enfática. “De que a minha sexualidade viesse à frente da minha profissão. De que, antes do meu nome, dissessem “aquela atriz sapatão”, o que hoje para mim está tudo bem porque sei que vou estar representando outras mulheres. Logo quando assumi meu relacionamento, uma produtora deu uma entrevista falando que duvidava que iam me chamar para fazer outros personagens relevantes em novelas. E aquilo veio em um momento em que ainda tinha inseguranças. Mas no final, renovei contrato, fiz mais novelas, filmes, consegui contratos publicitários e até filme gringo fiz”, destacou.