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desabafo

No mês do Orgulho LGBT+, jornalista relembra violência e pede normalização das relações homoafetivas

No final de 2020, o jornalista denunciou o então namorado após as constantes agressões físicas e verbais

Publicado em 07/06/2021

Junho – Data efeméride que ficou conhecida como um marco na luta pelos direitos LGBTs, quando, em 28 de junho, de 1969, tornou-se palco de uma coibição hostil advinda da polícia. A comunidade, que sempre se calava diante do tratamento indigno oriundo de grupos majoritários, resolveu reagir. 

Nesse sentido, muitas personalidades estão trazendo o tema à tona. Dentre elas, Rômulo Moreira. No final de 2020, o jornalista denunciou o então namorado após as constantes agressões físicas e verbais, além da psicológica e da invasão de seu telefone e das suas redes sociais pelo ex, o que desencadeou uma forte depressão, que fez Rômulo emagrecer 13 kg em 3 meses.

Não gosto do termo ‘relacionamento gay’, precisamos acabar com isso. Relacionamento é relacionamento e ponto. Enquanto isso existir, temos que ficar calados e não podemos revelar as atrocidades que acontecem dentro das nossas relações, como em qualquer outro tipo de relação. Quando sofri a violência doméstica cometida pelo meu ex-namorado, o que mais me doeu depois de tudo aquilo e do ponto final na relação foi o medo de falar e as pessoas desacreditarem das nossas relações que ‘vendemos’ perfeitas. Somos seres humanos, passivos de erros, de acertos e, alguns, de crueldades. Não é uma questão sexual, é caráter”, disse.

Hoje, perto de completar 34 anos, Rômulo revelou como contou para a família que era homossexual, aos 14 anos, sem nunca ter beijado outro homem na boca.

Eu não contei, foi a mãe de uma amiga minha que ouviu uma conversa da minha amiga em que ela relatava uma troca de olhares entre eu e um outro menino durante uma festa. A mãe dela correu e contou para a minha avó, que foi quem me criou. Minha avó foi o máximo! Eu só tinha 14 anos e nunca tinha beijado outro homem. No primeiro mês ela teve uma certa dificuldade em entender e aceitar, mas nada que me fizesse sofrer. Logo ela entendeu, aceitou e, quando eu saía, ela colocava camisinha no meu bolso ou ela mesma vinha me pedir para não esquecer de usar camisinha. Hoje ela tem Alzheimer, mas ela está lá, e sabe o quanto eu sou grato por tudo o que fez por mim. Eu queria que todo jovem LGBTQIA+ tivesse uma avó/mãe como a minha. A Dona Néia lutou no tempo dela contra o machismo, o militarismo, e criou 6 filhas sozinha, no tempo em que a mulher que saía de casa era chamada de prostituta. Mas ela não aceitou ser traída e nem submissa ao meu avô, que era um autoritarista militar. Ela é incrível e eu morro de medo de perdê-la!” revelou o apresentador, emocionado. Rômulo tem uma tatuagem com o nome da avó (Néia), no pulso, cercado por corações.

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