É essencial ressaltar a importância da representatividade LGBT+ em todos os âmbitos. Assim, quando falamos de música, logo vem à cabeça o ritmo pop, contudo, em todos os gêneros é possível falar sobre diversidade e respeito ao próximo. Nesse sentido, o cantor Gê de Lima traz o melhor do samba com um brado político entoado.
“Nós pessoas pretas sabemos da luta pelos direitos para ter acessos, de estar cada vez mais nos espaços e entendemos que um lugar que não contempla pessoas negras, é um lugar da prática racista. E eu quando chego num lugar que não contempla pessoa LGBTQIA+ me sinto da mesma forma: distinto, discriminado e não é sobre nôs destratar, é sobre o não tratar, é sobre a naturalização da invisibilização de nossos corpos em espaços de destaque na criação dentro dessa cultura”, diz Gê de Lima.
“Um caminho que encontramos foi de nos unir com os nosso semelhantes e construir nossos próprios espaços de criação e celebração, o que não anula essa invisibilidade nos espaços tradicionais do samba. Ainda há uma fenda, uma racha, uma separação promovida por um machismo alienador, mas agora é tempo de urgência, não que pra nós tenha sido em algum momento tranquilo, só que mais do que nunca, estamos vivendo em momentos sombrios na política de nosso país, onde forças contrárias querem ainda mais nos separar e não estão medindo esforços pra isso”, diz.
“Sendo assim me faço a própria representação do que me faz falta, me faço instrumento da mudança, da provocação e da evolução, me faço voz e representatividade em forma de samba. Nesse mês de novembro acontece minha primeira roda de samba com o lançamento do clipe da nova versão de Samba dos Outros”, finaliza.
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Onde: Samba do Sol – Centro Cultural Rio Verde