A homofobia é algo notório e inserido na sociedade. Assim, a ONG Volta Redonda Sem Homofobia afirma que cinco assassinatos registrados de janeiro a maio deste ano contra LGBTQI+ teriam sido motivados por homofobia.
Nesse sentido, muita gente coloca em dúvida se os assassinatos são mesmo cometidos em razão da orientação do indivíduo. Contudo, há sempre uma investigação minuciosa antes de levantar os dados. Segundo o coordenador executivo da ONG, Natã Teixeira de Amorim, dois homicídios ocorreram em Barra Mansa, um em Volta Redonda, um em Resende e um em Itatiaia. Nove crimes motivados por homofobia constam no mesmo período no levantamento.
Segundo o Diário do Vale, o coordenador comentou que a ONG enfrenta dificuldade em registrar os crimes nas delegacias da região como homofobia. Ele destacou que nos casos de homicídios, as vítimas sofreram ameaças por causa da sua orientação sexual.
Para exemplificar o que foi exposto, foi mencionado o caso de Marcela Cristina Silva Coutinho, de 22 anos, que era lésbica, cujo corpo foi encontrado mutilado, próximo a uma linha férrea, no bairro Fazenda da Barra III, em Resende, no mês de fevereiro deste ano. Todavia, segundo Natan, a primeira indagação da polícia é se o crime foi decorrente de tráfico de drogas. Ou seja, em nenhum momento questiona-se se pode ter ocorrido em decorrência de homofobia.