O Primeiro Comando da Capital (PCC) invadiu a casa da Policial Militar Juliane dos Santos Duarte. A soldado que era membro da comunidade LGBT, foi assassinada em agosto. Os bandidos entraram no imóvel, localizado na favela de Paraisópolis, em São Paulo e saquearam pertences da família da agente.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (18) pela Promotoria estadual e confirmada pela polícia. A ação dos bandidos foi repassada por uma testemunha que mora na comunidade aos policiais do Departamento de Homicídios (DHPP).
A partir deste depoimento, a Polícia chegou ao indiciamento de outras quatro pessoas suspeitas de sequestrar, torturar e matar Juliane. A comunidade conta com cerca de 60 mil habitantes e é dominada pela facção criminosa.
“A casa desse casal foi invadida pelo PCC. Tem uma testemunha protegida no processo que diz […] a única coisa que eu sei é que a casa foi invadida, tomaram tudo o que o casal tinha lá e o PCC está tomando conta dessa casa”, relatou o promotor.
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Amigos e familiares de Juliane se viram obrigados a sair da favela e participam de um programa de proteção de testemunhas. Procurada pela Folha de S. Paulo, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse:
“A denúncia foi feita ao Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que registrou a ocorrência e ouviu duas testemunhas que relataram negociação do imóvel, uma delas apresentou documentos que comprovam a compra e o pagamento. O caso foi encaminhado ao 89º Distrito Policial (Jardim Taboão), para investigação”, diz a nota para a publicação.