Pela primeira vez na história da Billboard Hot 200, uma das paradas musicais mais importantes do mundo, um rapper gay conseguiu alcançar o topo do disputadíssimo charts da revista norte-americana.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Free Willie ,um bar nudista LGBTQIA+ em Amsterdã
- Dora Lopes: a diva noturna da nossa canção popular
- Anti-herói queer ganha adaptação na Netflix
Trata-se do disco “Iridescence”, do Brockhampton, que tem um dos integrantes, Kevin Abstract, como gay assumido. O álbum ocupou a primeira posição na parada após vender 101 mil cópias.
Em uma das canções, “Something About Him”, Kevin faz um declaração para seu namorado, Jaden Walker.
Leia mais:
A Fazenda: Ana Paula detona Evandro Santo e diz que ele é uma “vergonha para os LGBTs”
Massagista registra nova queixa de assédio contra Kevin Spacey
“Eu realmente gosto de como você faz todas as coisas que você faz. Eu realmente gosto de como você diz todas as coisas que você diz”, canta o rapper, que, quando estava em carreira solo, em 2016, já havia falado sobre a importância do companheiro em sua vida.
“Meu namorado me salvou, minha mãe é homofóbica, estou preso no armário, sou tão claustrofóbico”, diz a letra de “Miserable America”.
Kevin, no entanto, não quer ser conhecido como “um rapper gay”, não que rejeite a importância de sua luta dentro de um espaço ainda tão preconceituoso e fechado à diversidade.
Segundo contou à BBC Radio 1, ele só quer “ser um rap”. Ainda, o cantor afirmou que o fato de existir dentro desse universo por si só já uma transformação.
“Então, eu apenas existindo e sendo eu mesmo [dentro do rap], estou fazendo mudanças e facilitando as coisas para outros jovens gays. Eu quero ser eu e expressar isso e abrir novos rumos ao longo do caminho”, afirmou.