É muito comum a própria comunidade LGBT estabelecer padrões de beleza e, inevitavelmente, segregar pessoas e perpetuar preconceitos, mas isso acontece dentro e fora do meio da diversidade. O conceito de belo está inserido no campo subjetivo, mas muita gente alega passar pelo o que chamamos de pressão estética.
Em celebração ao mês do Orgulho, uma pesquisa apontou que, cinco em cada dez pessoas que se identificam com a sigla LGBTQIA+, revelam que já precisaram mudar o estilo de cabelo devido a pressões sociais. O dado faz parte de pesquisa encomendada pelo site Tudo pra Cabelo, hub da Unilever sobre cabelos, para a empresa Opinion Box.
“Entendemos que a escolha do estilo do cabelo passa por uma série de pressões internas e externas. Para a comunidade LGBTQIA+, estas pressões são multiplicadas. Se adotamos um estilo que é verdadeiro com a forma como nos vemos e como desejamos nos expressar, podemos nos expor ao risco de violência física e emocional, vinda tanto de estranhos quanto de pessoas próximas. Se nos submetemos ao medo e aceitamos seguir a norma imposta pela sociedade, criamos conflitos internos que podem levar a uma disforia com consequências irreversíveis,” afirma Wagner Azambuja, coordenador de Marketing Técnico e líder do ProUd, grupo de Afinidade LGBTQIA+ da Unilever, ao comentar os resultados da pesquisa.
“O black power em si representa um símbolo de resistência para pessoas negras em todo espectro de gênero. É um corte que pode ser visto desde atrizes e apresentadoras de TV, até jogadores de futebol. Por conta dessa neutralidade o corte acaba por ser uma escolha bem possível para pessoas não binárias”, afirma William Alencar, analista de Desenvolvimento de Produto e membro do Afrolever, grupo de afinidade para questões raciais da Unilever, e do ProUd.
Segundo o levantamento, a comunidade LGBTQIA+ também tem seus cabelos prediletos em eventos ou lugares específicos para o público. Por exemplo, quando perguntados se usam o cabelo de forma especial para essas ocasiões, 40% disseram que sim. O cabelo colorido ganha destaque, sendo mencionado por 18% dos respondentes.