Os questionários do estudo denominado “Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV” já começaram a ser aplicados no Brasil. A pesquisa tem o intento de documentar a extensão do estigma e da discriminação vividos por pessoas que vivem com HIV no Brasil.
Assim, o Projeto foi desenvolvido pela Unaids, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, com a ONG Gestos, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e com as redes nacionais de pessoas vivendo com HIV: Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids (RNP+Brasil), Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids e o Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas.
Assim, Segundo o Unaids, o questionário foi desenhado de modo a apreender o grau e as formas que assumem o estigma e a discriminação enfrentados por pessoas vivendo com HIV/aids em contextos diversos no mundo todo.
As questões abordarão relações familiares, no local de trabalho e nos serviços de saúde. Mas também haverá um bloco de perguntas que avaliam questões relacionadas a “autoestigma” ou “autopreconceito”. E, a partir daí, como essas vivências as atingiram, impactando no seu cotidiano; como elas se sentiram na ocasião em que sofreram discriminação e o reflexo na atualidade da vida destas pessoas, que pode ter redundado em introjeção destas vivências.
Neste sentido, as informações obtidas serão comparadas à situação de pessoas vivendo com HIV das cidades brasileiras entre si e com outros países.
Possibilidade de avanços
De fato, o painel obtido possibilitará amparar a discussão deste importante tema que é a discriminação. Fator indicado como sendo o maior dificultador de acesso a testagem e tratamento de pessoas que vivem com o vírus na atualidade.
A aplicação dos questionários tem objetivo de alcançar mais de 2 mil pessoas. Fazem parte do estudo as cidades de Manaus, Recife, Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro , Porto alegre e Brasília. Contudo, Cleiton também explica que, para a seleção dos voluntários que vão realizar as entrevistas, procurou-se aqueles que tem alguma visibilidade pública, pessoas que tem certa liderança no meio.
De fato, pela primeira vez, o Brasil terá uma evidência fundamentada sobre estigma e discriminação a partir da perspectiva das pessoas que vivem com HIV.
Ademais, este dado é extremamente preponderante. O intuito é fomentar as discussões políticas e programáticas que promovam a Agenda para Zero Discriminação nos Serviços de Saúde. Informações: Agência Aids.
Para mais informações
Micaela Cyrino, ativista em São Paulo
Telefone: (11) 98718 4421
E-mail: [email protected]
Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids
Telefone: (11) 9 8154 5583
E-mail: [email protected]
Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids
Facebook: www.facebook.com/RNAJVHA
Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas
Telefone: (51) 98425 4702
Rede Nacional de Mulheres Travestis e Transexuais e Homens Trans Vivendo e Convivendo com HIV/Aids
Facebook: www.facebook.com/RNTTHP
Jéssica Paula ([email protected])