Mesmo com o alto índice de violência, pessoas LGBT+ encontram dificuldades de denunciar à polícia amazonense crimes por homofobia. Comumente, outras causas são colocadas em questão, mas, quase nunca a homofobia, mesmo o crime tendo sido cometido em razão de orientação sexual e/ou identidade de gênero.
“Falta treinamento por parte do Estado para preparar e indicar como deve ser o tratamento da classe que é, muitas vezes, maltratada no próprio atendimento policial. Recentemente, eu já presenciei no 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP), duas mulheres transexuais venezuelanas tendo os nomes sociais ignorados e sendo constrangidas pelo profissional que nos atendeu”.
“A violação do direito já estava no atendimento. Percebemos que a polícia demora na investigação de crimes gerais, quanto mais em crimes contra LGBT+”, disse Gabriel Mota, presidente da Associação Manifesta LGBT+.
“Muitas vezes, o próprio Manifesta LGBT+ acompanhou vítimas, pois com certeza se não tivéssemos um advogado lá, os crimes seriam desmerecidos ”, ressalta. Vale frisar que a LGBTfobia foi criminalizada e, após o delito, deve ser enquadrada como crime de racismo.