Conforme Já reportamos aqui, a saúde mental de LGBTs durante esta pandemia é um assunto que está vindo à tona de diversas maneiras. Por meio de colóquios, palestras e, desta vez, a pesquisa “Diagnóstico LGBT+ na pandemia”, realizada entre 28 de abril e 15 de maio, numa parceria do coletivo #VoteLGBT com a Box1824, indagou sobre a maior dificuldade de LGBTs durante o isolamento.
“Para quem sofre preconceito dentro da própria família por causa da orientação sexual, redes de apoio formadas por amigos, conhecidos e lugares de acolhimento são da maior importância“, começou.
Só que o isolamento imposto pela pandemia privou esse grupo do suporte e, em alguns casos, ainda obrigou muitos a voltar para a casa de pais ou parentes. Esse é o cenário das novas regras de convívio”, explicou Samuel Araújo, doutorando em demografia pela Universidade Federal de Minas Gerais.
“Somos invisíveis, nosso afeto é motivo de agressão. O isolamento já nos foi imposto há muito tempo, as pessoas não querem conviver conosco. São as respostas comunitárias que dão acolhimento depois do abandono familiar, e agora tem gente voltando para a casa dos pais porque não há outra alternativa”, ponderou Symmy Larrat, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).